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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O HPV (PAPILOMAVÍRUS)
Variável. A média é de um a três mêses, mas há casos que demoram alguns anos para se manifestar. Pessoas com enfraquecimento no sistema imunológico (tabagismo, gripe forte, fase de estresse excessivo, gravidez, uso de corticóide e portadores do HIV) podem ter uma incubação mais curta e um crescimento mais rápido das lesões.
Com alteração visível Sem alterações visíveis
A maioria das mulheres não tem sintomas; algumas sentem coceira na
parte externa da vagina (vulva) e dor discreta durante a relação sexual.
Um fato que preocupa os médicos nessa nova "epidemia" viral é que alguns subtipos do HPV (há 70 identificados) estão diretamente relacionados ao aparecimento de lesões cancerosas e pré-cancerosas no colo do útero e na vulva. O Papanicolaou e a colposcopia identificam lesões no colo do útero. Alterações na vulva são detectadas através do raspado de células dessa região e da vulvoscopia (exame feito com soluções específicas diretamente na vulva). Caso a colposcopia ou a biópsia sejam negativas torna-se necessário a repetição do exame citológico.
Uma biópsia (retirada cirúrgica de um pequeno fragmento da área comprometida) deve ser realizada nas lesões suspeitas. Quanto mais cedo for detectada a alteração, mais simples é o tratamento. Hoje existem métodos para saber qual o subtipo de HPV que causou lesões na mulher. Técnicas como a hibridização molecular "in situ" ou por captura híbrida e a reação de cadeia de polimerase permitem identificar o DNA do vírus e fazer sua tipagem, pois alguns subtipos são mais cancerígenos que outros. Estes exames estão indicados em casos específicos. Os homens também estão na mira do HPV. Existe uma espécie de epidemia entre os homens. A maioria não tem lesão visível e não apresenta sintomas. Estudo realizado na Unicamp em 1992, apontou que cerca de 70% dos parceiros de mulheres portadoras de condiloma tinha algum tipo de lesão do pênis causada pelo vírus. Cerca de 86% dos parceiros possuem o vírus na região genital de forma atípica, ou seja assintomática (o paciente não sabe que tem o vírus e às vezes o tem há muitos anos sem ter conhecimento). A principal via de contaminação é a sexual. Só um especialista pode localizar essas alterações com o auxílio de técnicas de coloração específica e uso de microscópio (peniscopia). Poucos pacientes masculinos chegam ao médico por conta própria. Em geral, a mulher que faz acompanhamento regular com o ginecologista descobre a alteração e passa a insistir com o marido para que ele procure o especialista. Os homens que chegam nos consultórios ou laboratórios são aqueles que percebem lesões em forma de verruga na região genital. Um dos sintomas indiretos, não específicos, da infecção masculina subclínica é a irritação frequente do pênis, principalmente após as relações sexuais, o aparecimento de coceira associado ou não a uma irritação semelhante a brotoeja. Uma cuidadosa investigação deve ser feita pelo médico procurando o HPV em outros locais. Não é raro achar áreas de contaminação na bolsa escrotal, virilha e na região ao redor do ânus (mesmo em homens que não têm comportamento homossexual). A infecção oral pelo vírus também é possível quando o paciente tem prática frequente de sexo oral. Manipular uma área contaminada pode espalhar o vírus para o resto do corpo. Sabonetes e calções podem transmitir a doença. O tratamento é feito com um creme que impede o crescimento do vírus (citostáticos) no caso das alterações microscópicas ou pode passar pela destruição das lesões visíveis com substâncias cáusticas, laser ou com bisturi de alta frequência. Uma cuidadosa investigação feminina também deve ser feita pois o vírus pode infectar vários locais não só do colo uterino, como da vagina, vulvar, períneo, anoretal e oral. ESTAS SÃO AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA SUA COMPREENÇÃO SOBRE A INFECÇÃO PELO HPV. PARA MAIORES ESCLARECIMENTOS CONSULTE O SEU MÉDICO.
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